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Muitos pacientes vêm ao consultório com dificuldades para perder peso, mas quando começo a analisar, percebo que eles geralmente comentem erros variados de alimentação e, por conta disso, não conseguem atingir o resultado esperado. Por isso, resolvi citar os seis erros mais comuns na hora de perder peso e como driblá-los para que você consiga chegar ao peso ideal.

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As pessoas precisam entender que “dietas” não trazem resultados duradouros e efetivos, mas investir na reeducação alimentar e na mudança de hábitos, sim! E é um aprendizado para a vida toda. É claro que eu sei que mudar nossos hábitos alimentares não é nada fácil, temos até apego emocional a alguns alimentos, certo? Mas é um exercício diário e, se você se esforçar, logo estará comendo de um jeito mais saudável. Dietas geralmente provocam o temido efeito sanfona, pois você emagrece durante o período de privação, mas quando volta a comer “normalmente”, recupera tudo o que foi perdido. Somente com uma alimentação regrada e balanceada é possível manter o peso que conquistamos. Mas veja, não estou falando que você nunca mais poderá comer doce ou uma fritura… Isso só não vai mais fazer parte da sua rotina!

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Ficar muitas horas sem comer é um dos erros mais comuns. Muitas pessoas fazem apenas de duas a três refeições por dia e não entendem porque não conseguem emagrecer. É simples: a falta de comida gera um estresse no organismo, que consequentemente aumenta a produção de gorduras e altera os níveis hormonais. Para que isso não aconteça, o jeito é mostrar ao seu organismo que ele não precisa segurar as reservas, pois sempre terá comida para repor as energias. Comer de 3 em 3 horas será seu novo mantra, combinado?

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Nem 8, nem 80. Você pode muito bem escolher ficar na faixa dos 45. Quero dizer com isso que, para perder peso, não é preciso ser tão restritivo. Muitos pacientes ficam dias seguindo uma dieta, mas como não conseguem sustentar esse esquema por muito tempo, exageram depois em doces, frituras e outros alimentos pouco saudáveis. O segredo é sempre comer bem e sem exageros.

Mulher tirando medidas via Shutterstock

Mulher tirando medidas via Shutterstock

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Quando um determinado alimento é alterado pela retirada de gordura, açúcar ou qualquer outro composto, é necessário que se coloque diversos outros aditivos em seu lugar, para que ele possa manter sua consistência e características originais. Isso significa que produtos diet e light podem conter menos açúcar ou gordura, mas, ao mesmo tempo, também podem conter substâncias nocivas ao organismo, como adoçantes artificiais, responsáveis pelo aumento na absorção de carboidratos no intestino. Você não deve se preocupar com o valor calórico dos alimentos, mas sim com a carga glicêmica e com o efeito metabólico que ele oferece.

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Sim, é isso mesmo! Negligenciar o café da manhã pode dar uma vontade louca de comer doces à noite. Esse é um erro clássico: você acorda super atrasada, sai correndo e esquece o café da manhã, ou então prefere dormir um pouco mais a reservar um tempo para preencher o estômago. Esqueça isso. É extremamente importante separar um tempo da sua manhã para a primeira refeição do dia. Pular o café da manhã altera todo o seu apetite, o que pode provocar os famosos picos de compulsão no fim da tarde e à noite, aumentando a vontade de doces e carboidratos.

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Ingerir poucas fontes de vitaminas, minerais e fibras – substâncias encontradas em verduras e legumes – é bastante prejudicial para quem quer perder os quilinhos extras. Esses alimentos devem fazer parte do seu cardápio diário – no mínimo duas vezes ao dia –, afinal, são eles os grandes responsáveis pelo equilíbrio do organismo e combate aos radicais livres, sem contar a ajuda extra que eles fornecem para o processo de emagrecimento.

Até a próxima,

Karina

Drª Karina Al Assal é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em nutrição clínica pelo Hospital Sírio Libanês, especialista em nutrição clínica funcional pelo Instituto Valéria Paschoal e mestranda em nutrição e cirurgia metabólica do aparelho digestivo pela Faculdade de Medicina de São Paulo.