Lua de mel em Montmartre, um dos bairros mais encantadores de Paris

Paris é daqueles destinos que merecem várias visitas. Por mais que a cidade seja explorada, a cada nova viagem há algo a se descobrir. Uma dica é separar os roteiros da capital francesa por bairro. Paris é dividida em arrondissements (divisões administrativas) e, cada um deles, conta com bairros interessantes com perfis diferentes. Montmartre é um deles! Nossa especialista Teresa Perez Tours separou as melhores dicas de lá, confira!
Montmartre
Monet, Toulouse-Lautrec e Van Gogh são alguns dos artistas que fizeram de Montmartre seu lar. Os três pintores não escolheram o bairro à toa – e não foram os únicos a morarem nele, já que o destino também é conhecido como “bairro dos pintores”. Montmartre deixou sua marca no cinema, servindo de locação para o cult “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, de Jean-Pierre Jeunet, lançado 2002, e para o longa “Os Palhaços”, do cineasta italiano Federico Fellini. Montmartre está situado no 18° arrondissement, no alto de uma colina a mais de 100 metros de altura, no norte da capital francesa. Os casais podem esperar por ruas sinuosas de paralelepípedos, que guardam cafés retrôs, pequenas lojas à moda antiga, charmosas casinhas multicoloridas, além de ótimos restaurantes, museus e espaços de arte. Contamos um pouquinho do que fazer no bairro de Montmartre.
O que ver
Arte
Montmartre não se relaciona com arte apenas por ter sido o endereço de alguns dos maiores nomes da História da Arte. Hoje, os casais podem encontrar ótimos atrativos como a Kadist Art Foundation, espaço dedicado à arte contemporânea, que conta com uma unidade também na cidade de São Francisco; a The Halle Saint Pierre, que reúne no mesmo local um museu, uma galeria, uma livraria, todos também relacionados à arte contemporânea e o Musée de Montmartre, dono de uma coleção com trabalhos de nomes como Toulouse-Lautrec, Modigliani, František Kupka, Théophile Steinlen, Suzanne Valadon e Maurice Utrillo – o mais legal é que as obras estão dispostas de modo que contam a história de Montmartre.
Quem também teve sua obra privilegiada no bairro francês foi Salvador Dalí, dessa vez com um espaço dedicado exclusivamente ao pintor surrealista. Trata-se da Dalí Paris, com obras que vão de pinturas excêntricas a móveis “estranhos”. Tem mais surrealismo na Maison de Boris Vian, um antigo apartamento do também surrealista Boris Vian, que hoje funciona como um museu com itens dedicados à obra do artista. Por fim, vale entrar no radar também a Le Bal, um espaço de artes voltado exclusivamente à fotografia, cinema e novas mídias.
Basilique du Sacré-Coeur
A Basilique du Sacré-Coeur começou a ser construída em 1875 e foi finalizada apenas em 1914. Hoje, é um belo exemplo de construção que combina as arquiteturas da Roma Antiga e Bizantina – e verdadeiro símbolo do bairro. Está instalada no topo de uma colina com cerca de 130 metros de altura, o que proporciona vistas panorâmicas de Paris. O acesso pode ser feito em um funicular, que substitui os quase 200 degraus que também dão acesso à basílica.
Parc des Buttes-Chaumont
Situado no 19º arrondissement, a 20 minutos de carro de Montmartre, no nordeste de Paris, o Parc des Buttes-Chaumont proporciona diversas trilhas em meio a lagos artificiais – criados a partir dos canais de L’Ourcq e de Saint-Martin –, árvores endêmicas e indígenas, diversos pássaros, além de cavernas e uma cascata. O parque ainda conta com duas pontes e o Templo de Sybille, instalado no alto de um rochedo que se ergue de um dos lagos. O templo foi criado pelo arquiteto Gabriel Davioud, em 1869, e é uma réplica do Templo de Vesta, situado em Tivoli, na Itália. Do templo, se têm vistas impressionantes de Paris.
Onde comer
Vava
Aberto há pouco mais de um ano, o Vava se define como um “neo-bistrô”, e o principal nome por trás das inspirações contemporâneas do restaurante é Benjamin Mathieu, que aperfeiçoou a arte da gastronomia com o chef Alain Ducasse. Mathieu coloca o que aprendeu em pratos inventivos, influenciados pelos sabores do Mediterrâneo e baseados em receitas da culinária clássica francesa reinterpretadas.
Abattoir Végétal
Há muito as culinárias vegana e vegetariana se tornaram parte fundamental entre as opções dos foodies. Em Paris, uma das capitais mundiais da gastronomia, não poderia ser diferente. Desde 2017, o Abattoir Végétal pode ser definido como uma combinação de café, bistrô e “bar de sucos”, com uma cozinha – que tem a chef chef Gloria Kabe à frente – de alimentos orgânicos, sem glúten e aditivos, baixo índice de gordura e, acima de tudo, contemporânea.
Onde ficar
Le Royal Monceau, Raffles Paris
Desde 1928, o Le Royal Monceau, Raffles Paris preserva os serviços de excelência que o acompanham desde a sua inauguração. Hoje, o hotel tem uma cara mais contemporânea, por conta dos toques modernos do designer Phillipe Starck. Com suítes espaçosas e charmosas, o hotel ainda exibe uma coleção com mais de 300 obras, tanto nas acomodações, quanto nas áreas comuns. Também estão à disposição dos casais o spa My Blend by Clarins, com tratamentos exclusivos, e o restaurante italiano Il Carpaccio, destaque entre as opções gastronômicas com uma estrela no Guia Michelin.
Quando ir
A melhor época para visitar a França vai de maio a setembro. No entanto, os meses de julho e agosto coincidem com as férias dos europeus e, por isso, diversas regiões do país, em especial Paris, podem estar muito cheias, com hotéis, restaurantes e atrações superlotadas.
Protocolos de entrada
Passageiros vacinados podem entrar na França desde que apresentem o certificado de vacinação e teste PCR ou antígeno negativos feitos até 48h antes da viagem.
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