Além de terem contribuído para a realização de diversos casamentos lindos, muitas dessas profissionais de destaque também já estiveram do outro lado, como noivas! Algumas se casaram antes de entrar na área, outras aproveitaram a experiência acumalada para fazer a festa do jeito que sempre sonharam. Hoje, com a experiência adquirida ao longo dos anos, elas olham para trás e nos contam o que fariam diferente e o que não mudariam em seus casamentos:

PAULA ZARAGÜETA, estilista

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Fotos: Anna Quast

O que NÃO mudaria:

Fiz o casamento dos meus sonhos, mas se tivesse que destacar um detalhe em especial que eu não mudaria seria o meu acessório de cabelo. Ele foi inspirado em um broche de uma famosa czarina que vi em uma exposição na Europa. Fiquei tão apaixonada pela peça que fiz o desenho junto com um joalheiro para que eu pudesse usá-la no dia do casamento. Esse acessório acabou virando uma joia de família que vai ficar para as próximas gerações.

O que MUDARIA:

Apesar de ter AMADO o meu vestido, se o casamento fosse hoje, talvez fizesse um modelo com uma saia bem ampla, estilo princesa, já que a nave do Mosteiro de São Bento (onde me casei) é enorme.

Como a experiência na área ajudou na organização do casamento?

Como trabalho na área de casamento, sei quais fornecedores estão cumprindo os prazos e quais têm um perfil mais de acordo com o meu estilo. Assim, pude confiar nas minhas escolhas de olhos fechados e não precisei de uma assessoria desde o início, contratei apenas o cerimonial do dia.

E como atrapalhou?

Como sou estilista e amo o que eu faço, todas as minhas criações levam um pouco do meu gosto e da minha personalidade. Vejo muitas coisas lindas diariamente! Então foi difícil pensar em algo especial para o meu grande dia, algo que eu ainda não tivesse feito. Mudei de ideia várias vezes e acabou que meu vestido foi feito apenas 45 dias antes e montado no próprio corpo! Deu tudo certo, mas foi uma loucura! O pessoal do atelier teve muita paciência comigo.rs

LAIS AGUIAR, decoradora da Rubens Decorações

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Fotos: Demian Golovaty

O que NÃO mudaria:

Com certeza o projeto e a decoração da festa. Como ambos foram feitos por mim, pude pensar em cada detalhe, cada móvel, cada flor… Meu desejo era transformar o espaço em um grande jardim e disso, certamente, eu não abriria mão. Usei um lindo painel de folhagens e fiz uma mescla de folhas e frutos nos arranjos. Além de preparar tudo com tanta riqueza de detalhes, eu não resisti e fui no dia do casamento acompanhar a montagem (até a hora do almoço, claro!rs). Fiz isso não porque não confio na minha equipe (muito pelo contrário!), mas porque amo meu trabalho. Participo das montagens dos casamentos das minhas noivas, então não poderia fazer diferente no meu. Também não posso deixar de destacar o trabalho da minha irmã, meu braço direito, que ajudou para que tudo ficasse exatamente como eu queria.

O que MUDARIA:

Pensei durante horas, mas cheguei à conclusão de que realmente não mudaria nada! Não que o meu casamento tenha sido perfeito, mas ele ficou exatamente do jeito que eu esperava. O que posso dar de conselho para as noivas é que elas confiem nos fornecedores e não fiquem pensando muito sobre isso. No final, tudo dá certo.

Como a experiência na área ajudou na organização do casamento?

Como eu conheço muitos profissionais do mercado, foi fácil escolher os fornecedores que melhor se encaixavam no meu perfil. Além disso, pude confiar neles de olhos fechados. Sou do meio e sei que nesses momentos os bons profissionais não brincam em serviço!

E como atrapalhou?

Sinceramente, não atrapalhou em nada. Até mesmo porque, por mais experiente que você seja no ramo, ser noiva é algo único, novo e diferente. Percebi que, mesmo sabendo muito sobre festas, eu senti o mesmo friozinho na barriga, a mesma insegurança e a mesma alegria que qualquer noiva sente. Com certeza, foi o dia mais feliz e emocionante da minha vida!

MÔNICA ALMEIDA, assesssora da Alligare Wedding Planner

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Fotos: Carola Montoro

O que NÃO mudaria:

No meu casamento não teve show ao vivo, mas eu fiz um pequeno palco na frente da cabine do DJ para eu e minhas amigas subirmos e dançarmos. Foi uma das coisas que mais contribuiu para a animação da festa! O sucesso foi tão grande que hoje eu até indico para as minhas noivas.

O que MUDARIA:

Acho que não teria restringido tanto a minha lista de convidados. Fiquei com medo de estourar o número de pessoas e, assim, comprometer o conforto… mas a verdade é que 20 pessoas a mais ou a menos não ia fazer tanta diferença na festa, mas, para mim, tê-las no evento com certeza faria!

Como a experiência de assessora ajudou?

Ajudou muito porque eu sabia exatamente o caminho das pedras, o tempo das coisas, como cada fornecedor trabalha, e a certeza de que tudo dá certo.

E como atrapalhou?

Eu não tinha uma pessoa neutra para interferir entre eu e minha mãe, noivo e familiares. Acho que uma assessora é uma ótima administradora de conflitos, alguém em quem colocar a “culpa”. Se você não quer alguma coisa de um jeito, pode dizer “mãe, mas foi a fulana que disse que isso não dá certo”. Como eu não tive isso, tive que assumir absolutamente todas as minhas vontades sem um cúmplice só para mim!

CAMILA CHAIN, estilista da Maison Kas

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Fotos: Fernanda Scuracchio e Andrea Freitas

O que NÃO mudaria:

Fiquei muito satisfeita com o resultado das fotos, clicadas por Fernanda Scuracchio e Andrea Freitas, e do meu vídeo de casamento, filmado pelo Vinícius Credidio. O vídeo e as fotos combinam perfeitamente juntos e reproduzem com perfeição o clima do casamento. São as coisas que realmente ficam, né? Até quem não esteve presente consegue sentir a emoção daquele momento! Com certeza não abriria mão da qualidade desses profissionais.

O que MUDARIA:

Eu e a Karina Zilkha ainda não tínhamos aberto a Maison Kas, então acabei comprando um vestido Vera Wang em Miami. Foi prático comprar o vestido pronto, mas hoje vejo como as nossas noivas curtem todo o processo de criação, vendo o vestido tomar forma aos poucos, nas provas… Se me casasse hoje, gostaria de viver essa experiência de noiva de um atelier, recebendo todo o cuidado e carinho pessoal do atendimento… é uma experiência única que cria um envolvimento maior com o vestido mais importante das nossas vidas.

E me arrependo de não ter feito o meu dia de noiva com minhas melhores amigas. Gostaria de ter tido elas por perto antes da minha grande noite.

RAQUEL SALARO, designer da Chá das Duas

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Fotos: Rafaela Azevedo

O que NÃO mudaria:

Eu e meu noivo fizemos um casamento que refletiu bem a nossa personalidade, fugindo um pouco do tradicional. Como nós adoramos doce, um dos grandes destaques foi a barraquinha de sorvetes e guloseimas. Certamente não abriria mão desse cantinho que acabou virando um dos mais movimentados da festa!

O que MUDARIA:

Na época, eu peguei o modelo do vestido na internet e mandei para um costureiro fazer. Hoje, eu visitaria lojas e experimentaria vários modelos antes de escolher o meu preferido.

LIVIA COLUCCI, sócia da multimarcas de vestidos de noiva WhiteHall

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Fotos: Cissa Sannomyia

O que NÃO mudaria:

Casei na Igreja São Pedro & São Paulo e, desde o começo, fiz questão de decorar a nave da igreja com flores plantadas, como se fosse um jardim. Para mim isso foi muito especial porque as flores plantadas foram Palma de Santa Rita, que era a flor preferida da minha avó materna. A minha avó faleceu há alguns anos, mas eu quis que ela estivesse presente neste dia através das flores! Por esse motivo, eu jamais mudaria esse detalhe!

O que MUDARIA:

Essa foi mais difícil porque, graças a Deus, as coisas foram do jeito que eu imaginei! Não mudaria nada, mas acrescentaria. Como AMO fotografia, acho que se casasse hoje contrataria mais fotógrafos para a minha festa! Contrataria novamente a Cissa Sannomyia, que foi a minha querida fotógrafa do dia (aliás adoro e super indico!!!), e mais alguém para tirar fotos mais descontraídas, sem a preocupação com os protocolos. Conheço algumas noivas que fizeram isso e eu achei o resultado o máximo!

MARINA FURTADO, sócia da empresa de lembrancinhas Gift Chic

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Fotos: Flavia Vitoria

O que NÃO mudaria:

Nós tivemos o cuidado de escolher cada docinho entre os que mais gostamos. Mesmo sabendo que daria um certo trabalho escolher vários docinhos de doceiras diferentes, não me arrependo nem um pouco do trabalho, pois realmente fizemos uma festa com a nossa cara em cada detalhe e a mesa fez o maior sucesso. Também não mudaria o meu vestido de noiva, assinado pelo Paulo Dolce. Fugi da tradicional renda e fiz um vestido inteiro de cetim cortado a laser. Saiu um pouco do óbvio e eu amei o resultado.

O que MUDARIA:

Com certeza faria mais lembrancinhas! Ainda estava no início da Gift Chic, então hoje eu tiraria mais proveito da experiência que tenho na área. Teria sparklers no final da cerimônia, porque acho que dá um efeito lindo! E como tive muitos convidados de fora,  prepararia um mimo especial para recebê-los no hotel.

FLAVIA AFONSO, assessora da Alligare Wedding Planner

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Fotos: Domitilia e D’Alessandro

O que NÃO mudaria:

O fato de ter casado na igreja, na Paroquia Nossa Senhora da Aparecida, na Diocese de São Miguel Paulista. Foi uma condição do padre, Marco Antonio Longhini Barbosa, que nossos votos fossem feitos mediante o Santíssimo antes da celebração simbólica no Leopolldo, local da festa. Eu e o Guilherme fomos de taxi até a paroquia dele, apenas nós dois, numa sexta-feira de manhã, de calça jeans e casaco (tava um frio…mas valeu a pena!). Apesar do traje para lá de despojado, foi um momento só nosso! Depois, tivemos a bênção de todos na cerimônia simbólica.

Também não abriria mão de ter casado sem véu, porque deu um ar descontraído ao visual que combinou muito com meu estilo.

O que MUDARIA:

Com certeza faria bem menos mesas de 10 lugares e mais lounges e mesinhas menores! Festa boa é com gente em pé, circulando, dançando! Eu tive muitas mesas de 10 lugares em meu casamento, e quando os convidados mais velhos foram embora, dava uma pequena sensação de que a festa estava esvaziando, o que não é verdade! Os mais velhos naturalmente vão embora mais cedo e os mais jovens, a galera animada, é que fica até o final! Por isso fica a dica: tenha no máximo 50% de seus convidados sentados (contando  mesas maiores, mesas menores e lounges!)

KARINA ZILKHA, estilista da Maison Kas

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Fotos: Manuk

O que NÃO mudaria:

Com certeza manteria o decorador. Fiz a decoração com o Marcello Bacchin, que além de ser uma pessoa maravilhosa e super aberta, entendeu meu gosto como ninguém e simplesmente deixou a festa maravilhosa. Uma das coisas mais interessantes foi ter transformado o altar no local da mesa de doces, uma ideia criativa e que deu super certo! Também amei as luzinhas que deram um clima aconchegante e intimista ao ambiente “noturno”.

O que MUDARIA:

Hoje, optaria por uma cobertura fotojornalística do casamento. Gostaria de ter fotos mais espotâneas no meu álbum, menos posadas, que transmitissem a atmosfera da festa.

TAINÁ FROTA, fotógrafa da Chá das Duas

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Fotos: Rafaela Azevedo

O que NÃO mudaria:

Em primeiro lugar, não abriria mão de casar ao livre, porque adoro o clima desse tipo de festa. Em segundo lugar, destaco nosso esforço em tornar o casamento a nossa cara. Como meu marido é argentino, tivemos o cuidado de unir as duas culturas nessa ocasião tão especial. Minha cunhada, que faz parte da Orquestra Sinfônica que tocou no casamento, incluiu no repertório músicas argentinas e brasileiras. No buffet, incluímos pratos típicos do Brasil para que os convidados portenhos conhecessem um pouco da nossa culinária.

O que MUDARIA:

Na época em que eu casei, os fornecedores brasileiros ainda eram muito presos aos moldes clássicos e, como eu queria algo mais moderno, acabei tendo dificuldade em alguns aspectos. Eu tinha muitas referências de fora e não conseguia colocar em prática aqui! Hoje, faria uma decoração ainda mais rústica, com valores sustentáveis e sem tanta ostentação.

Também teria guardado mais tempo para escolher os sapatos! Como calço 39 (bastante para o padrão feminino) e deixei para a última hora, acabei tendo que usar um sapato de uma modelo.