Diário de Noiva: Reunião à mesa
Semana passada, escrevi uma matéria sobre menus e serviços ideais para cada tipo de casamento para a Vogue Noiva (em maio nas bancas!). Para fazer o texto, conversei com 10 banqueteiros de São Paulo e do Rio de Janeiro e fiquei com muita vontade de ir mais a fundo no tema aqui no site, pois as entrevistas renderam muito mais material do que coube nas páginas da revista.
E aí, aproveitando o meu Diário de Noiva, pensei em falar um pouquinho sobre o que decidimos para o nosso casamento em relação ao jantar.
Existe um consenso entre os organizadores de eventos e banqueteiros de que, para uma festa ser mais animada, o ideal é um serviço que permite aos convidados comer no momento que quiserem – seja pelo serviço volante, nas ilhas gastronômicas ou no buffet montado. O “momento-jantar” engessa, dá uma quebrada na dinâmica da festa.
Entendo perfeitamente o ponto deles – e eles sabem do que estão falando pela experiência que têm! Mas, ainda assim, optamos por ir na contramão.
Antes de tudo, é importante explicar (como já comentei antes) que o nosso casamento será pequeno. Se fosse um casamento de médio ou grande porte, talvez servisse o jantar em buffets montados mesmo… (bom, na verdade, não sei, porque como sempre quis uma festa pequena, nunca pensei no que faria se fosse maior…)
No ano passado, estávamos viajando pela Itália e chegamos a Siena bem no dia em que as equipes do palio estavam em festa pela cidade. Em cada pracinha, a cena se repetia: mesas comunitárias, um monte de gente animada bebendo, comendo, dançando, rindo… aquele jeito bem italiano de comemorar! A cidade estava com uma energia muito especial! Ficamos morrendo de vontade de entrar de bico em alguma das festas de tão animadas que pareciam! De volta ao hotel, ainda enfeitiçados pelo clima festivo da cidade, nos perguntamos “E se o nosso casamento fosse assim?!”.
Exatamente “assim” não dá para fazer…!rs Mas gostamos muito da ideia de celebração ao redor da mesa, em clima bem familiar, reunindo as pessoas queridas. Entendo que, nos casamentos maiores, os noivos acabam tendo que comer um pratinho no backstage para “garantir”, pois uma vez que entram oficialmente na festa, não têm mais sossego! rs Mas queríamos (ou melhor, queremos) nos sentar com nossos familiares e amigos, estar presente junto a eles nesse momento também. E não digo isso só porque queremos ter a deliciosa oportunidade de repetir o deleite da degustação! rs
Em festas menores, não vejo o jantar como um “balde de água fria”. Quantos almoços já fui que foram tão animados que se estenderam até à noite?! Para nós, esse momento de estarmos sentados à mesa, todos juntos, faz parte da comemoração. A pista terá a sua hora – depois. E pela prévia que tivemos no nosso jantar de noivado (que teve gente dançando até às 5h) e pelo histórico das nossas festas de aniversário, a pista promete ser bombástica…!
Adoro essas fotos dos noivos à mesa, clicadas pela fotógrafa Kate Murphy!
20 Comentários
Constance,
Amei seu post. É um estilo bem parecido de como queremos nosso casamento também.
A diferença é que o nosso será no horário do almoço, então, nem cogitamos a possibilidade de excluir esse momento com todos sentados…
Mesmo porque, o que mais gostamos de fazer é nos reunir com os amigos para comer.
Queremos que o casamento reflita a mesma alegria que sentimos nesses momentos.
Felicidades no seu casamento, no dia da festa e pra sempre.
Perfeito!
Tudo que eu sempre quis dizer as pessoas que rezam a cartinha de que servir à mesa engessa a festa!
Parabéns, bjO!
Perfeito para um mini wedding!
Constance, o seu serviço será à francesa ou “empratado”? (acho esse nome horrível, mas vi que os buffets chamam assim quando o convidado escolhe a opção e vem com o prato montado, como num restaurante).
Quando eu pensava no casamento, eu sonhava com o tal “empratado”, bem chique, prato montado artísticamente… mas qdo comecei a ver as opções de buffet parecia que eu tava viajando… meus pais falaram que qdo é servido a mesa o mais fino é o à francesa, mas que isso encareceria muito…
Enfim… optamos pelo buffet e ainda assim ouço que jantar engessa – que o ideal para deixar a festa rolando são as mini porções (sem buffet).
Às vezes o que poderia ser mais simples fica complicado só por não seguir o padrão, né?
Beijos,
Alice
É assim que acontece a maioria dos casamentos americanos, né!
Exatamente o que pensei e decidi para o meu casamento (que será em Agosto), serviço empratado!
Adorei os comentários a respeito do assunto 🙂
Essa dúvida na hora de escolher o formato do jantar também acabou surgindo no planejamento do meu casamento. Também optamos por ir na contramão.
Não gostamos muito da famosa fila que acaba se formando.
Post super últil e acabou de tirar minhas dúvidas.
Constance, lindass fotos mesmo! Mas aproveito este espaço para comentar esta nova “moda” de não deixar os noivos sentarem para comer. Eles comem na salinha privee, enquanto os convidados pensam que eles estão posando para fotos! Ficam 1 ano preparando a festa e não confraternizam com os convidados na hora da refeição! Não sei quem começou com esta prática, mas não vejo o menor sentido! bjssss e adoroooo seu blog/site! fã de carteirinha!!! Nellie
Tudo depende dos costumes de cada lugar. Em Curitiba, o jantar sempre é um dos pontos altos dos casamentos. Aqui para-se para jantar e depois a festa segue.
Já fiz casamentos de noivos que não eram curitibanos e que casaram aqui que pediram que o serviço fosse conforme o costume da cidade deles.
Constance,
Estamos na mesma fase e como me ajuda ler o seu diário! Estamos a exatos 45 dias do grande dia e concordo com você, é importante sentarmos a mesa e curtirmos com nossos pais e familiares este momento! Hoje foi nossa degustação e acho que ficamos ainda mais estimulados por fazer exatamente isso na festa!!!
Obrigada por todas as dicas e estou ansiosa para ver o seu casamento!
Um beijo!
Erika
Constance, quando vai ser? Não é agora em abril? Beijossssss
Con, não aceita meu comment, só vím te elogiar.
Nos conhecemos através do Felipe Terrazan. Saímos alguma vezes. Também sempre me imaginei numa comemoração pequena. Porém longa, do jeito que você descreveu. Sobre o post.
Ó, adorei esse post em especial pq, Uma vez instituida a palavra, “pequeno” para seu casamento todos logo se remeterão a “só amigos e parentes próximos”, fica justificado para clientes, alunos, amigos de negócios etc., que a reunião foi/será uma coisa muito “íntima” (embora um fervo!) mesmo que não tão íntima assim, sua brilhante sacada (da qual me socorri no final de 2011), te dá, digamos licença poetica e é muito mais chique que qualquer ostentação.
Em rapidíssimas palavras: Fui noiva na primavera de 2011 com a cerimônia numa sala e após, coquetel ao pôr-do-sol/jantar servidos em outra sala no terraço. Essa envidraçada, numa cobertura aqui na minha cidade. Não teve mesa dos noivos, lugares marcados, pais etc.
Primeiro ginger food, e comidinhas para comer em pé (se assim quisessem né?!), quase todos se conheciam.
Logo após, jantar servido à francesa. Depois a festa rolou solta.
Sentei em todas as 10 mesas montadas pela Flor & Forma. Isabella Suplicy e Conceição (três principais fornecedores).
O que vim te dizer, é que em nada me arrependo, de não ter gente estranha no casamento, contatos de negócios, políticos etc. é que aquele momento foi NOSSO. Muito nosso. Quem esteve ali já sabia que será tudo meio etéreo, de cenário, por tratar-se de mim, isso acontecerá “N” vezes mais com você.
Mas ninguém se sentirá intimidado porque vocês tiveram -brilhantemente e sem dar muita satisfação-, feeling, tato.
E você, fina que é, mais uma vez demonstrou como se sair bem numa situação sem chatear ng, nem perder contatos (network), já que hoje, se vive é disso.
Parabéns por tudo, fase, beleza e neste momento em especial e no tocante a este post pelo traquejo social, perfeito em você sempre, tenho certeza que seu casamento servirá de referência para milhares de outros espalhados pelo Brasil. Sou sua fã since os primeiros posts do Bem Casadas, quando ainda podia dizer que vermelho em casamentos, só na sola do Louboutin! Um beijo carinhoso, fabi
Gente, eu fiquei doida pra ver o casamento da fabi!
Constance, pede pra ela as fotos e mostra pra gente! 🙂
Certeza que o seu casório também vai ser tudo de bom pq vai reflwtir o que vcs gostam e são. 😉
Beijos
Me vi perfeitamente na situação que vc descreveu do pratinho no backstage. No meu casamento, o responsável pelo buffet montou um mini jantar numa suíte reservada aos noivos, com uma camareira nos servindo.
Realmente a gente conseguiu comer mais em paz, mas hoje é algo de que me arrependo e acho que para o tamanho do meu casamento, para 200 pessoas, dava pra fazer assim. Ou não, pq nas fotos já foi uma loucura, hahahahaha
O meu casamento tinha “ilhas de comida” mesmo depois do jantar. Foram poucas e queridas pessoas, mas incrivel!
Nao optei pelo “empratado” porque meu marido (irlandes) disse que para homem sempre era pouca comida e que no fim eles acabam comendo o resto da namorada/noiva/esposa. Morri de rir! Mas respeitando o noivo, nao foi empratado, assim todos puderam repetir quantas vezes quisessem rsrsrs
Mesmo tendo o buffet e as ilhas, nos nos sentamos para jantar apos as fotos na mesa com os nossos pais e irmaos. E como gentileza os garços nos serviram na mesa. Ao olhar ao redor, TODOS os poucos convidados (150 pessoas) estavam sentados e jantando tambem! Realmente os noivos ditam o ritmo da festa. Depois abriu a pista e foi incrivel! Mega animado! As fotos do momento do jantar tenho um carinho especial 🙂
Acho lindo!
Por isso mesmo tinha optado por fazer um jantar de ensaio um dia antes do casamento, mas acabei desistindo. Estava muito ansiosa e não ia conseguir aproveitar esse momento com as pessoas que mais amo.
No casamento até criei uma mesa para a família minha e do marido, mas as pessoas sentavam e levantavam e iam circular. Não condeno, porque nós mesmos fizemos isso. Hehehe…
Mas agora, já casada, pretendo comemorar nossas Bodas de Papel com um almoço bem gostoso, uma mesa bem posta e muita animação EM VOLTA DELA.
Beijos e sucesso!!!
Sabrina, uma ótima ideia para comemorar as bodas de papel!! 🙂 Bjss
Con, o relato do meu mini-wedding em resposta aos commens anteriores e com alguns incentivos acabou enoooRme, até voltei e dividi em tópicos, mas espero que ajude as adeptas, futuras adeptas a enxergarem o essencial. Anfan.
Sobre ser pouca comida e comer numa sala separada:
As pessoas podem repetir o prato principal. Acho que em todos pode-se. Isso de comer escondido, num quartinho, desculpem, mas tira o sentido da festa, que afinal, é uma confraternização. É compartilhar/ partilhar da sua felicidade.
Ginger food e tudo o que foi servido antes do jantar, foram deixados sortidos nas mesas dos tios (veja abaixo), e dos idosos, pra que eles não passassem vontade de nada em virtude da dificuldade de locomoção.
Sobre o serviço à francesa, o jantar foi carne, mas foi combinado um peixe (com acompanhamentos) e o chef ainda preparou uma massa especial como opção aos que evitam carne. E isso foi perguntado pelos garçons de mesa em mesa (havia cardápio, desses do mesmo papel e fonte do convite, muito comum em casamentos, mas eu pedi pessoalmente ali na hora, que perguntassem aos mais velhos, e apontei os mais velhos). Antes eu já tinha deixado uma lista.
Serviço: Os garçons foram na proporção 11 para cada 50 pessoas, o ideal, diziam, eram 10. Eu coloquei um a mais, por precaução. E meu casamento foi pequeno.
Nunca pode faltar: gelo, muito gelo. Lembrei da Danuza, então foi a primeira coisa que pedi quando contratei o buffet. Água gelada, sucos naturais (fiz questão que fossem servidos em jarras e escolhi as frutas, confesso, pelo colorido). Nas mesas dos “tios”, os de verdade, amigos dos meus pais e pais dos meus amigos eu chamo de tios, pedi um balde com água mineral, e champanhe num balde com gelo, muito gelo. E que ficassem de olho, para que nunca faltasse aos meus queridos.
Como era pequeno o casamento, o wisk pedi que passassem volante, teve quem pediu para deixarem uma garrafa na mesa, sem problema algum. Afinal, estávamos entre amigos.
E foram volantes os suco, os refrigerantes. Tinha quem gostasse de Amarula, compramos especialmente para as duas convidadas, deixei na mesa delas uma garrafa. As outras, pedi para passar volante. Só no jantar foram servidos os tintos, depois voltou champanhe… (eram 5 pratos, o buffet harmoniza as bebidas).
A Carla da Flor e Forma, deu a ideia de as velas serem acesas conforme o sol fosse se pondo, o que mudou o ambiente, conferindo um ar lúdico. Eu pedi para desacelerar o som também. Canções de fazer eternizar o momento. Era a “hora de chorar”, eu que já tinha ido de mesa em mesa, fui abraçar meu pai, minha mãe. E assistir o “filme das nossas vidas” no “telão” (era LED, mas tanto faz). Tinha que ter alguma coisa “brega”. Estávamos entre amigos/ família, coloquei momentos com cada um ali. E todos para quem olhei, sem exceção, choravam.
Doces/ bolo: Como o salão não era grande, não dava para brincar muito na decoração. Resolvi “levar um jardim” para o Terraço! Para isso contei com a ajuda da decoradora já citada e da boleira Isabella Suplicy, que me sugeriu apenas prata e cristais na mesa (clareza, leveza). As forminhas dos doces eram de uma espécie de filó (na verdade uma tela mais encorpada) engomadas em forma de tulipas, o que dava a impressão de que tínhamos bailarinas flutuando ali na transparência dos cristais. O efeito foi muito bacana.
A mesa de doces, foi a atração decorativa principal. De demolição, com gavetinhas cheias de rosas, rosas spray, pimentas de cheiro, cinerárias lindas… ai ficou um cinza (cinerária é uma folhagem cinza) com rosa antigo, rosé, bege, rosa bebê, lilás, hortências. lavandas, uma “infinidade” de flores.
Muito ton-sur-ton, que contrastava com a leveza dos cristais dos doces e o tambor do bolo de prata da Isa.
A Isabella e a Carla da Flor & Forma fizeram o bolo de noiva, a quatro mãos, de andares, mas com flores naturais entre um andar e outro (em dezembro gente!).
Tudo gostoso, mas nós, noivo e noiva estávamos acessíveis, sem frescuras, nenhum nervosismo além do normal. Se desse alguma coisa, errada, estávamos entre amigos, se desse tudo certo, ótimo! Eles mereciam! As crianças tirando fotos com os noivos, todos tiraram foto com a noivos. Nada cansativo, tudo divertido, um vem pra cá, vai pra lá, afinal, era uma festa de casamento.
Detalhe importante: ficou claro a todos, fossem de “roupa de festa”. E isso fez toda a diferença, até para que os convidados se preparassem para o que viria. Senti como uma retribuição ao “trabalho” organizar uma festa tao linda, e um grande carinho que tiveram por mim. Disse “_Arrasem!”. Pedido acolhido! A verdade é que todos amam se arrumar, e foi a “desculpa” perfeita!
Perfeito, Constance! Acho que casamento com noivos se escondendo em um quartinho para comer é ridículo, afinal, estão ali para justamente dividir um dos principais momentos de suas vidas. O melhor é entrar de cabeça na festa: comer, dançar, abraçar, ser abraçada, tirar muitas fotos espontâneas e mágicas!
Meu casamento (11 de maio) está planejado com alguns itens interessantes. Como sou mineira e meu noivo paulistano, resolvemos deixar à disposição dos convidados o “cantinho mineiro e paulista”. E o mais bacana é que o casarão antigo no campo possui um fogão à lenha. Então, usaremos esse fogão como ponto de buffet desse mineiro-paulista com várias comidinhas típicas de boteco mineiro e feira paulistana (exemplo: pão de queijo recheado com pernil, pastel de feira de Sampa, mini-mexido à mineira em ramequim, cuscuz paulista na panelinha e por aí vai… Arranjos de folhagens complementarão esse cenário rústico.
Isso ficará à disposição dos convidados por muito tempo, havendo trocas variadas p/ não deixar a comida muito exposta.
Paralelamente, e para não dar a ideia de um casamento temático, teremos um bufê de antepastos salada com figos, foie gras com geleia de frutas vermelhas, brie etc… e estará em uma mesa de madeira de demolição legítima (deve pesar toneladas), daqueles móveis antigos de Minas, com lustre de heras e orquídeas e bastante vela em candelabro de prata + arranjos.
Algumas horas depois, anunciaremos o jantar de risotos e massas, para, mais tarde, abrirmos a mesa de doces e sobremesas típicas de Minas (doce de mamão enrolado, de leite… combinados com doces mais sofisticados, tipo rosa de coco e bolo de choconozes). Não faltarão os bem-casados, claro! E nossa “marmita” foi feita por mim e pelo meu noivo, apenas para colocarmos nossa energia: pegamos saquinhos de papel-kraft e colamos em cima dele papel rendado sobreposto por um cartão escrito “Doces lembranças” (toque pop, rs…) fechado com um laço de gorgurão branco.
Enfim, também dei um breve descritivo até para inspirar noivinhas indecisas e com desejo de algo também um pouco diferente!
Ah! Só explicando: meu mini-wedding será no campo, onde há um lago natural, uma capela de pedras (linda) e um casarão com tudo antigo: móveis, madeira de demolição, fogão à lenha 😉