Minha sogra não para de trazer nomes para incluir na lista, o que eu faço? Descobri, com a chegada dos presentes, que meus pais convidaram várias pessoas que não estavam na lista… como resolver? Quantos % devo reservar para os amigos dos meus pais? Essas são algumas das dúvidas mais frequentes sobre o problema da lista de convidados, quanto o assunto são os amigos dos familiares. Para te ajudar, pedimos ajuda para Ana Lauand e Celso Medeiros, da Ana Lauand Assessoria, que respondem 10 “saia justas” comuns na lista de convidados:

1 – Minha sogra traz toda hora nomes para a lista que ela “tinha esquecido”. O que eu faço?

Antes de iniciar qualquer contração, ter um número aproximado de convidados é de suma importância, até mesmo para não gerar problema com o espaço contratado e demais serviços, que algumas vezes podem não atender a um número maior que o contratado. Meu conselho é que o casal sente com seus pais, tenha uma amorosa e focada conversa para que dentro de um prazo determinado, todos os convidados sejam levantados. Mas, como já sabemos por experiência, muitos pais não conseguem se lembrar ou se organizar com tanta facilidade. Neste caso, uma boa sugestão é ter uma margem, limitante, de quantidade de convidados, na qual aqueles que surgirem de última hora em suas lembranças só poderão ser de fato convidados se houver desistência. Aqui vale criar uma segunda lista, um RSVP com bastante antecedência, para não convidar de última hora ninguém.

2 – Como falo para meus pais e sogros, sem magoar, que o casamento é meu e não deles?

Independente de quem estiver pagando o casamento, temos que compreender que qualquer casamento é um rito, uma celebração, onde os laços familiares são de extrema importância. Tradicionalmente, são os pais que convidam para as bodas dos filhos, apresentando à sociedade esta união das famílias. Hoje, muitos casais não se importam com a tradição, porém, ainda é algo muito enraizado em nossa cultura. Vale sempre um bom diálogo, ter uma flexibilidade dentro do limite de cada parte. E lembrar que o futuro das relações de novo casal com seus familiares vai se fortalecer neste processo do casamento, em que vale sempre refletir e conversar, para depois não ficarem mágoas profundas.

3 – Posso impor um limite de convidados para cada um? Quantos % devo reservar para eles?

Um casamento não deve ser visto como um evento corporativo, onde cada sócio determina um limite ou condição. Acreditamos que tudo começa com o levantamento geral, saber de todos quem são as pessoas mais importantes e que não poderão faltar. Daí, sim, definir o perfil do evento, quantas pessoas querem convidar conforme o investimento que será feito ou conforme o local que comportará. Muitas vezes, os pais de um lado terão muitos mais convidados ou uma família mais numerosa que do outro lado, mas não seria justo restringir a um mesmo número para ambas as famílias.

4 – Meus pais estão pagando o casamento, sou obrigada a aceitar a lista de convidados deles?

Acreditamos que um bom diálogo é fundamental. Em um casamento, o ideal é se ter convidados que sejam próximos dos noivos e pais, dentro de uma relação cordial e agradável. Quando o casamento é um problema entre pais e noivos, o mais indicado é que não se faça o casamento, pois já sabemos que os problemas só vão aumentar desde o planejamento até pós festa. Lembrar que é uma celebração de amor, então, que tudo seja conduzido com este propósito.

5 – Quem está pagando o casamento é meu noivo e eu, posso proibir meus pais e sogros de convidarem os amigos deles?

Vamos sempre falar da mesmo situação: em um casamento o ideal é um bom diálogo, desde o início. Se de fato os pais forem impositivos e dificultosos com a lista de convidados, algo que não for fácil de se resolver, melhor seria não realizar o casamento. Para nós que organizamos é muito difícil ter pais e noivos se estranhando por conta da lista. Colocar os pais como convidados, onde eles não podem convidar ninguém, não podem participar do planejamento do casamento, não é nada sadio para o futuro deste casal. No lugar de proibir, vale conversar e encontrar uma boa solução e para cada caso haverá, sim, uma proposta, onde uma boa e afinada assessoria poderá bem orientar.

6 – Se um amigo dos meus pais me convidou para o seu casamento, sou obrigada a convidá-lo para o meu?

Algo difícil de não se fazer, até porque você participou do evento dele. Vejamos como alguém que te convida para um jantar em sua casa, te recebe com todo carinho e numa ocasião, você não retribui este convite! É muito delicado. Claro, existem possibilidades que as circunstâncias falaram mais na definição, como por exemplo de um mini wedding, onde o casal só convidará família e pessoas extremamente próximas.

7 – Posso convidar só os amigos dos meus pais e não os filhos deles?

Neste caso, sim! Mesmo que os filhos sejam crianças, sabemos que cada convidado tem um valor expressivo no investimento de um casamento. O casal convidado irá representando os demais de sua casa. Porém, se os filhos forem muito próximos dos noivos ou dos pais, por exemplo, se for possível é melhor estender o convite a eles.

8 – Quando começaram a chegar os presentes, descobri que minha mãe tinha convidado várias pessoas que não estavam na lista. O que eu faço?

Se isso acontecer é porque não houve uma boa conversa e organização inicial. Ou seja, já começaram com falhas. Aceitar os presentes é aceitar os convidados. Não aceitar os presentes pode gerar um grande desconforto. Chegar na mãe e chamar a atenção dela pode até ser o primeiro impulso, porém o erro já foi cometido. Desconvidar alguém, mesmo que não estivesse na lista inicial, é sempre algo que não se deve fazer e, se fizer, que se prepare para maiores chateações. Sinceramente, não temos esta lembrança de ocorrido com os nossos casamentos.

9 – Meu pai acha que é importante convidar os melhores clientes e parceiros profissionais dele, sendo que nem os conheço. O que eu faço?

Muitas famílias fazem do casamento um acontecimento de relação comercial. Não é um julgamento, mas cada família deve saber da importância ou não de se usar esta celebração para esta finalidade e, principalmente, ter uma atenção redobrada com o evento. Uma coisa é ter família e amigos queridos, que num contratempo ocorrido, saberão respeitar e não farão graves comentários. Outra coisa é ter pessoas de relacionamento profissional ou comercial, que se não forem bem recebidas e se estiverem em uma situação desagradável, poderá gerar maior problema futuro. Neste caso, se for de grande importância aos pais, que a assessoria seja comunicada, que todos os cuidados com os protocolos de um evento corporativo sejam tomados, mesmo dentro de um evento social.

10 – Minha família está pagando por todo o casamento, quantos % dos convites devo reservar para a família do noivo?

Se a família da noiva toma a frente de pagar todo o casamento, como tradicionalmente ocorria, possivelmente a família do noivo esteja envolvida com a montagem do novo lar ou algo que irá presentear o casal. Independente de não ter ou não o envolvimento da família do noivo, deve-se lembrar que o casamento é de duas famílias e/ou até de mais, no caso de pais divorciados. Então vale a mesma dica, do bom diálogo para melhor todos serem respeitados. Se porventura a quantidade de convidados da família do noivo for algo que venha a atrapalhar a família da noiva, pois cada convidado tem um valor expressivo no montante do evento, poderá como sugestão, conversar com a família do noivo, pedindo que sejam responsáveis pelo pagamento de uma parte de seus convidados. Ou seja, um bom diálogo sempre, nunca será motivo de vergonha ou contratempo. Nenhuma família deve se calar se não for agradável a aceitação de convidados não previstos, para não gerar uma insatisfação maior posterior ao casamento.

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