Durante a Antigüidade e nas civilizações pagãs, os pajens e damas de honra eram jovens da mesma idade dos noivos que os acompanhavam durante toda a cerimônia. Na época, o objetivo do cortejo era o de enganar os espíritos maus que pudessem estar assistindo à cerimônia. Sem conseguir reconhecer os noivos em meio a tantos jovens, os espíritos fugiam confusos.

Atualmente, os pajens e as “daminhas” simbolizam a juventude e a pureza. Mas eles não estão presentes apenas para garantir o uníssono “Ooooonnnn” dos convidados no momento em que entram na igreja. As crianças compõem o cortejo de honra e têm um papel preciso durante a cerimônia: ajudar os noivos, cuidando da cauda e do véu da noiva e levando as alianças.

Não há regras quanto ao número de crianças, mas acima de 6 parece colônia de férias…Apenas daminhas? Daminhas e pajens? Apenas pajens? Como você preferir.

Tradicionalmente, duas crianças abrem o cortejo (uma delas com as alianças), duas seguram a cauda (pouco usada, hoje em dia) ou o véu da noiva e outras duas seguem atrás.

Você não precisa se ater exatamente a esta ‘conta’ (2+2+2). Mas sugiro que faça uso de pelo menos uma criança para ajudar com o véu. Se ninguém for abrindo o seu véu pelo caminho rumo ao altar, ele chegará lá como um fiapinho, finiiiinho… mal dará para ver a borda rendada ou o desenho da mantilha. E nada mais feio e inadequado que uma pessoa do cerimonial (pior ainda se estiver vestida de preto) se encarregando desta função.

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Foto: Princesa Marie-Chantal e príncipe Pavlos da Grécia, que conhecem bem a tradição, sem vergonha de colocar a meninada para trabalhar. (Até porque, quem se casa de Valentino sur mesure não deixa a cauda do vestido e o véu minguarem.)