Os casamentos em espaços abertos são um charme e estão em alta! Mas, na maioria dos casos, os noivos precisam contratar o serviço de cobertura, para que a festa não seja prejudicada em caso de mau tempo. Os valores são altos, e muitos casais acabam decidindo pelas empresas que oferecem os preços mais baixos – o que pode terminar em dor de cabeça!

Para explicar a importância de uma boa empresa de coberturas, conversamos com a assessora Giulianna Fittipaldi (da Blue Wedding Design) e a decoradora Lais Aguiar. Elas comentam os principais pontos:

Decoração: Lais Aguiar | Foto: Demian Golovaty

POR QUE INVESTIR NA COBERTURA

A tentação é grande, mas não restam dúvidas de que não vale a pena economizar na cobertura.“Para mim, a qualidade da estrutura é fundamental para o sucesso do evento. Não vale a pena contratar empresas mais baratas, é um exemplo do ‘barato que sai caro'”, diz Flavia Boutros. “Além de ser cara, a cobertura é uma estrutura que pode acabar nem sendo necessária. Mas não é possível saber se irá chover no dia. Então, é muito importante ter um plano B, que seja seguro e eficaz. Já recusei projetos em que os noivos não queriam investir o necessário na cobertura”, acrescenta Lais Aguiar. Para mostrar aos noivos a importância de investir na cobertura, Giuliana Fittipaldi, da Blue Wedding Design, ressalta que não é preciso pensar em uma catástrofe ou em acontecimentos atípicos. “Imagina os convidados tendo que se proteger com guarda-chuva, os bancos da cerimônia molhados, a grama virando lama, convidadas com vestidos molhados e penteados destruídos. Entendemos que é um gasto elevado, mas é fundamental para proteger os convidados, os móveis, a decoração, a pista de dança e os equipamentos eletrônicos, explica.

O QUE PODE ACONTECER EM CASO DE MAU TEMPO

A cobertura é feita justamente para proteger a festa da chuva. Mas, ironicamente, é exatamente o mau tempo que pode colocar a estrutura em risco“Se a cobertura não for de boa qualidade ou não tiver sido bem instalada, a chuva forte pode causar furos na estrutura, deixando o espaço cheio de goteiras. Se o volume de água for muito grande, também podem se formar ‘barrigas d’água’ que, com o peso, estouram e despejam uma enxurrada nos convidados. E, nos casos mais graves, a cobertura pode voar ou até mesmo cair sobre a festa, explica Giuliana. E antes que você pense “ah, esse tipo de coisa nunca acontece!”, saiba que é mais comum do que você imagina!

MÉDIA DE PREÇO

O preço da cobertura é calculado de acordo com o metro quadrado, e pode variar bastante. “As boas empresas cobram, em média, de R$ 110 a R$ 150 o metro quadrado”, explica Lais Aguiar. Muitos dados influenciam no valor, como a altura da cobertura, a existência de desníveis e quinas, se precisa de ponto de fixação ou calço, dias necessários para a montagem e desmontagem, tipo de material e estrutura escolhidos”, ressalta Giuliana. De acordo com Lais, um erro comum que os noivos cometem é analisar orçamentos diferentes entre si. “Não tem como comparar uma estrutura de ferro com pé direito alto, box truss e estrutura para decoração aérea com uma cobertura de 3 metros de altura, em que todo o equipamento da banda, por exemplo, tem que ficar no chão”, comenta a decoradora.

TIPOS DE COBERTURA E TEMPO DE MONTAGEM

A estrutura pode ser de madeira ou de ferro, e a cobertura em si é feita de lona – o que muda é a espessura do material. “A montagem varia de acordo com o local e o restante da estrutura. Mas, em média, pedimos de 3 a 5 dias antes do casamento, para que o decorador tenha tempo hábil para montar a festa”, explica Giuliana.

DOCUMENTO REGISTRADO

O fornecedor da cobertura PRECISA registrar a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) junto ao CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura). “O responsável pela execução e montagem da estrutura precisa ser habilitado pelo CREA”, explica Giuliana. “Também é interessante que um profissional licenciado acompanhe toda a montagem da cobertura, para garantir que tudo seja entregue com segurança”, acrescenta Lais.

QUEM RESPONDE EM CASO DE INCIDENTES

Além de extremamente grave e perigosa, a queda da cobertura traz prejuízos materiais. E aí vem a dúvida: quem deve arcar com eles? “Depende muito das circunstâncias. Mas se for provado que a estrutura caiu por má qualidade, negligência ou falha do fornecedor da cobertura, é ele quem tem que responder juridicamente por isso”, explica Flavia Boutros. “Em casos de força maior, ou seja, condições climáticas incomuns, como volume de água excessivo e ventos muito fortes, o correto é que todas as partes envolvidas (noivos, fornecedor da cobertura e espaço) dividam os prejuízos, complementa Giuliana.

Ficha Técnica

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Fotografia de casamento: ANNA QUAST E RICKY ARRUDAGuia de Fornecedores ANNA QUAST E RICKY ARRUDAFotografia de casamentoSão Paulo, São Paulo (Capital)Portfólio