Só a noiva que está de casamento marcado sabe a paranóia que é querer chegar ao altar magra. Ou quase… Já parou para se perguntar quantas vezes por dia você topa com reportagens do tipo “Como perder peso agora?” ou “Qual a melhor dieta a seguir”? Com certeza, muitas vezes.

O estranho é pensar que, ao mesmo tempo em que são divulgadas milhares de informações sobre o emagrecimento e dietas, a porcentagem de obesidade e doenças crônicas metabólicas só faz crescer. Me pergunto se essas informações possuem qualidade científica. E, como diz o ditado, a ciência nesse caso “pode não ser tudo, mas é 100%”. Algumas dietas restritivas podem fazer com que você perca o peso desejado rapidamente. Mas suspeito que na grande maioria dos casos a nova silhueta não resistirá por mais de um ano. É importante lembrar que um emagrecimento rápido demais e de forma inadequada pode ser um tiro no pé: além de estressar o organismo, a “dieta milgarosa” causa o chamado “efeito rebote” – quando ela acaba, recuperamos todo o peso perdido.

Emagrecer não é um processo simples, fácil ou rápido. Envolve mais do que eliminar gordura. É preciso eliminar toxinas e diminuir o processo inflamatório e oxidativo que a má alimentação e o excesso de peso provocam em nosso organismo. Ou seja, para emagrecer de forma saudável e duradoura é necessário equilibrar o nosso organismo com os nutrientes adequados.

Todas as células e reações do nosso organismo são, de alguma forma, dependentes de vitaminas ou minerais. Quando nos submetemos a dietas restritivas demais, muitas vezes eliminando algum grupo de alimento, obtemos como resultado um desequilíbrio do organismo como um todo, podendo afetar nosso balanço hormonal. E isso nos trará mais fome, compulsão, ansiedade, isto é, tudo que você NÃO quer nessa fase, certo?!

Um grande estudo publicado no European Journal of Medicine no ano passado ilustra bem o que estamos falando. Setecentos e setenta e três pacientes que já haviam perdido peso foram observados por 26 semanas para avaliar qual era o melhor tipo de dieta para a manutenção do peso deles. O grupo foi dividido em cinco (cada um com uma dieta diferente). Depois de uma minuciosa experiência, os pesquisadores chegaram à conclusão de que o único grupo que perdeu peso e conseguiu manter a silhueta foi aquele que realizou uma dieta rica em proteínas magras e com alimentos de menor índice glicêmico (carboidratos integrais), frutas e verduras. Uma prova (científica) de que dietas muito restritivas não funcionam.

A conclusão a que chego ao longo desses anos de consultório e estudos é que não existem milagres. O resultado rápido e fácil não é um bom caminho. Se engordamos é porque há algo de errado. Portanto, ataque a causa, não mascare o problema!

Para ajudar você a chegar ao altar em forma e manter seu peso até que a morte os separe, te convido a me acompanhar na minha coluna, Case Saudável!, aqui no site Constance Zahn { casamentos }. Vamos discutir os benefícios da alimentação saudável, as novidades em nutrição, receitas e muito mais.

Até a próxima!

Drª Karina Al Assal é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em nutrição clínica pelo Hospital Sírio Libanês, especialista em nutrição clínica funcional pelo Instituto Valéria Paschoal, mestranda em nutrição e cirurgia metabólica do aparelho digestivo pela Faculdade de Medicina de São Paulo e graduanda em fitoterapia funcional. Envie dúvidas e sugestões para o e-mail karina@karinaalassal.com.br